Alunos do 9º ano vivenciam a capoeira como expressão de resistência e patrimônio cultural afro-brasileiro
Por: Marina Savioli
Na manhã ensolarada desta quarta-feira, 21 de maio, os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental deram continuidade às atividades da 41ª Feira do Livro com um encontro especial dedicado à valorização da cultura afro-brasileira: a capoeira. A temática está presente na obra Quissama – O Império dos Capoeiras, de Maicon Tenfen, lida pelos estudantes, e serviu como ponto de partida para a vivência cultural do dia.
O professor de História, André Oliveira, foi o responsável por introduzir a temática em sala de aula, contextualizando a capoeira como uma manifestação cultural que reúne elementos de luta, dança e música. Originada no Brasil durante os períodos colonial e imperial, a capoeira surgiu como forma de resistência dos africanos escravizados à violência imposta pelos senhores de engenho. Como eram proibidos de praticar esportes ou treinar qualquer tipo de defesa, os escravizados camuflavam seus movimentos em coreografias ritmadas, criando uma prática única e profundamente simbólica.
Essa expressão cultural, que nasceu da luta por liberdade e sobrevivência, foi criminalizada por muitos anos. Somente em 1937 deixou de ser considerada crime, e ao longo das décadas foi ganhando o reconhecimento que merece: em 2008, foi tombada como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Iphan, e em 2014, recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Compreender a história e a importância da capoeira é fundamental, mas vivenciá-la foi o que levou os alunos a outro patamar de aprendizado. O professor João Portela, que há dez anos ministra o curso extracurricular de capoeira no colégio, conduziu uma vivência prática que encantou a turma. Ele apresentou diferentes golpes, ensinou a ginga – movimento base da capoeira – e explicou sobre as duas principais vertentes da prática: a Capoeira Angola, mais estratégica, com movimentos lentos e bem planejados; e a Capoeira Regional, criada pelo Mestre Bimba, com ritmo acelerado e movimentos mais dinâmicos.
A atividade proporcionou aos alunos não apenas o entendimento histórico da capoeira, mas também uma imersão cultural e corporal significativa. Por meio da prática, eles puderam refletir sobre resistência, identidade e expressão cultural. Ao final da experiência, os estudantes saíram não apenas com mais conhecimento, mas também com um olhar mais sensível e respeitoso sobre a riqueza e a importância da herança afro-brasileira em nossa sociedade.
Alumnos de 9.º curso de la Enseñanza Fundamental viven la capoeira como expresión de resistencia y patrimonio cultural afrobrasileño
En la soleada mañana de este miércoles 21 de mayo, los alumnos de 9.º curso de Enseñanza Fundamental dieron continuidad a las actividades de la 41.ª Feria del Libro con un encuentro especial dedicado a la valorización de la cultura afrobrasileña: la capoeira. Esta temática está presente en la obra Quissama – El Imperio de los Capoeiras, de Maicon Tenfen, leída por los estudiantes, y sirvió como punto de partida para la vivencia cultural del día.
El profesor de Historia André Oliveira, fue el encargado de introducir el tema en el aula, contextualizando la capoeira como una manifestación cultural que combina elementos de lucha, danza y música. Originada en Brasil durante los períodos colonial e imperial, la capoeira surgió como una forma de resistencia de los africanos esclavizados frente a la violencia impuesta por los señores de los ingenios. Como les estaba prohibido practicar deportes o cualquier tipo de defensa, los esclavizados camuflaban sus movimientos en coreografías rítmicas, con lo que crearon una práctica única y profundamente simbólica.
Esta expresión cultural, nacida de la lucha por la libertad y la supervivencia, resultó criminalizada durante muchos años. Solo en 1937 dejó de ser considerada un delito, y con el paso de las décadas fue ganando el reconocimiento que merece; en 2008 se declaróPatrimonio Cultural Brasileño por el Iphan yen 2014, recibió el título de Patrimonio Inmaterial de la Humanidad de la Unesco.
Comprender la historia y la importancia de la capoeira es fundamental, pero vivirla llevó a los alumnos a un nivel de aprendizaje aún mayor. El profesor João Portela, quien desde hace diez años imparte el curso extracurricular de capoeira en el colegio, condujo una vivencia práctica que encantó al grupo. Presentó diferentes golpes, enseñó la “ginga” – movimiento base de la capoeira – y explicó las dos principales vertientes de la práctica: la Capoeira Angola, más estratégica, con movimientos lentos y cuidadosamente planificados; y la Capoeira Regional, creada por el Maestro Bimba, con un ritmo más acelerado y dinámico.
La actividad proporcionó a los alumnos no solo una comprensión histórica de la capoeira, sino también una inmersión cultural y corporal significativa. A través de la práctica, pudieron reflexionar sobre la resistencia, la identidad y la expresión cultural. Al finalizar la experiencia, los estudiantes no solo adquirieron nuevos conocimientos, sino también una mirada más sensible y respetuosa hacia la riqueza y la importancia del legado afrobrasileño en nuestra sociedad.