Projeto Cansei: A Fotografia como Voz de Resistência
Por: Ruan Santos
No segundo dia da Feira do Livro 2025, um encontro potente e inspirador marcou a programação no Teatro. Os alunos do 1º ano do Ensino Médio e 2º ano do Programa do Diploma participaram de um encontro com Larissa Isis, fotógrafa e idealizadora do Projeto Cansei. Recebida com a intervenção musical emocionante ao som da canção O Canto das Três Raças, de Clara Nunes, interpretada pelos alunos do 8ºA. A autora deu início a uma conversa potente sobre representatividade, resistência e consciência crítica. O seu projeto, criado entre 2014 e 2015, surgiu como um gesto de denúncia ao racismo estrutural e vem se consolidando como um legado visual e político na luta por igualdade racial no Brasil.
Apaixonada por fotografia desde os tempos da faculdade de Nutrição — quando começou a registrar alimentos —, Larissa encontrou nas imagens uma linguagem poderosa para expressar os “cansaços” que atravessam o corpo e a alma da população negra. Inspirada por viagens, experiências pessoais e pelas histórias de São José dos Campos, cidade onde nasceu, passou a capturar rostos, olhares e silêncios que dizem muito sobre o Brasil de hoje.
O Projeto Cansei foi o tema dos trabalhos produzidos em sala de aula antes da Feira, integrando diferentes disciplinas para investigar a realidade das mulheres negras no Brasil. A partir da leitura de um dos capítulos do livro Pequeno Manual Antirracista, de Djamila Ribeiro, dos diferentes links fornecidos nas aulas de Cultura Espanhola e das fotografias de Larissa Isis, os alunos analisaram desigualdades sociais e raciais. Além disso, investigaram sobre as origens dessa situação e parte do conteúdo dessas investigações foi apresentado durante o encontro no teatro.
Larissa Isis deixou uma reflexão que a fotografia é mais do que arte — é ferramenta de intervenção social, um espelho que reflete aquilo que muitos preferem não ver. Com esse olhar afiado e sensível, Larissa Isis se firma como uma das principais vozes na representação da população negra no Brasil contemporâneo, inspirando pessoas com falas de autoconfiança e autoafirmação da própria identidade.
Proyecto Cansei: La fotografía como voz de resistencia
En el segundo día de la Feria del Libro 2025, un encuentro potente e inspirador marcó la programación en el Teatro. Los alumnos de 1.º curso de Enseñanza Media y 1.° y 2.º cursos del Programa del Diploma participaron en un encuentro con Larissa Isis, fotógrafa e ideóloga del Proyecto Cansei. Recibida con una emotiva intervención musical al son de la canción O Canto das Três Raças, de Clara Nunes, interpretada por los alumnos de 8.°A, la autora inició una conversación poderosa sobre representatividad, resistencia y conciencia crítica. Su proyecto, creado entre 2014 y 2015, surgió como un gesto de denuncia contra el racismo estructural y se ha consolidado como un legado visual y político en la lucha por la igualdad racial en Brasil.
Apasionada por la fotografía desde los tiempos de la facultad de Nutrición —cuando comenzó a fotografiar alimentos—, Larissa encontró en las imágenes un lenguaje poderoso para expresar los “cansancios” que atraviesan el cuerpo y el alma de la población negra. Inspirada por viajes, experiencias personales y las historias de São José dos Campos, ciudad donde nació, empezó a capturar rostros, miradas y silencios que dicen mucho sobre el Brasil actual.
El Proyecto Cansei fue el tema de los trabajos realizados en clase antes de la Feria, que integraron diferentes disciplinas para investigar la realidad de las mujeres negras en Brasil. A partir de la lectura de uno de los capítulos del Pequeño Manual Antirracista, de Djamila Ribeiro; de los distintos enlaces proporcionados en las clases de Cultura Española y de las fotografías de Larissa Isis, los alumnos analizaron desigualdades sociales y raciales, además investigaron sobre los orígenes de esta situación. Parte del contenido de estas investigaciones se expuso durante este encuentro.
Larissa Isis dejó como reflexión que, la fotografía es más que arte, es una herramienta de intervención social, un espejo que refleja aquello que muchos prefieren no ver. Con esta mirada aguda y sensible, la fotógrafa se afirma como una de las principales voces en la representación de la población negra en el Brasil contemporáneo, inspirando a las personas con discursos de autoconfianza y autoafirmación de su propia identidad.