Intertextualidade e sensibilidade na produção de quadras poéticas
Por: Izabel Silveira Bueno
“[…] não posso dispensar as palavras dos poetas, as narrativas dos romancistas. Elas me permitem dar forma aos sentimentos que experimento, ordenar o fluxo de pequenos eventos que constituem minha vida. Elas me fazem sonhar, tremer de inquietude ou me desesperar.”
(Todorov, Tzvetan. “O que pode a Literatura?”, in A Literatura em perigo)
Os alunos do 8º ano iniciaram o curso de Produção de Textos deparando-se com um poema de Ondjaki, poeta e escritor angolano:
Intimidar o poema a ser raiz
era um poema lateral aos sentidos.
ganhava formato ébrio
ao nem ser escrito.
longe dos pensamentos
imitava uma pedra
[aí as palavras drummondeavam].
[…]
Esse texto integra um livro chamado Materiais para confecção de um espanador de tristezas.
Relacionando o conteúdo do poema – rico em referências literárias, como a feita a Carlos Drummond de Andrade – com o título do livro de que ele faz parte, os alunos concluíram quais foram os materiais usados por Ondjaki para confecção do seu espanador de tristezas.
Trata-se de seu repertório cultural, grandes nomes da literatura lusófona e, por que não, a própria Língua Portuguesa, com a qual Ondjaki brinca ao propor neologismos, como “drummondeavam”.
A partir da bonita metáfora do “espanador de tristezas”, os alunos fizeram o exercício introspectivo de pensar em quais “materiais” poderiam ser usados para confeccionar seus próprios “espanadores de tristeza”.
As quadras poéticas presentes no livro produzido nas aulas de PDT são resultado dessa sensível viagem de autoconhecimento que somente a literatura poderia proporcionar.
Professoras Juliane e Izabel e Professor Helio
Intertextualidad y sensibilidad en la producción de coplas poéticas
“[…] no puedo prescindir de las palabras de los poetas, las narrativas de los novelistas. Me permiten dar forma a los sentimientos que experimento, ordenar el flujo de pequeños eventos que constituyen mi vida. Me hacen soñar, temblar de inquietud o desesperarme.”
(Todorov, Tzvetan. “¿Qué puede la literatura?”, in La literatura en peligro)
Los alumnos del 8º año iniciaron el curso de Producción de Textos encontrando un poema de Ondjaki, poeta y escritor angoleño:
Intimidar o poema a ser raiz
era um poema lateral aos sentidos.
ganhava formato ébrio
ao nem ser escrito.
longe dos pensamentos
imitava uma pedra
[aí as palavras drummondeavam].
[…]
Este texto integra un libro llamado Materiales para confeccionar un plumero de tristezas.
Relacionando el contenido del poema – rico en referencias literarias, como la que se hace a Carlos Drummond de Andrade – con el título del libro del que forma parte, los alumnos concluyeron cuáles fueron los materiales utilizados por Ondjaki para confeccionar su plumero de tristezas.
Se trata de su repertorio cultural, grandes nombres de la literatura en lengua portuguesa y, ¿por qué no?, la propia lengua materna, con la cual Ondjaki juega al proponer neologismos, como “drummondeavam”.
A partir de la hermosa metáfora del “plumero”, los alumnos hicieron el ejercicio introspectivo de pensar qué “materiales” podrían usar para confeccionar sus propios “plumeros de tristeza”.
Las líneas poéticas presentes en el libro producido en las clases de PDT son resultado de este sensible viaje de autoconocimiento que solo la literatura podría proporcionar.
Profesores del 8º curso: Juliane Yamashiro Garcia, Izabel Silveira Bueno e Hélio Ponciano da Silva