Ensino Fundamental II
Encontro sobre racismo recreativo
Alunos do 6º e 7º anos refletem sobre o racismo recreativo em encontro promovido pela Comissão ERER do Colégio
Por: Tatiana Maria de Paula Silva Fardo | 1º de setembro de 2025.
“Brincadeiras podem ofender? Palavras podem machucar? Qual a diferença entre uma piada e uma violência disfarçada?” Essas foram algumas das perguntas que abriram a reflexão conduzida pelos professores Fábio Nogueira e Renato Fontes, membros da Comissão ERER* – Educação para as Relações Étnico-Raciais do Colégio. O encontro reuniu alunos do 6º e 7º anos para discutir o racismo recreativo, prática muitas vezes justificada pela expressão “foi só uma brincadeira”.
A atividade foi organizada pela equipe de Orientação Pedagógica e faz parte de um conjunto de ações das aulas de Tutoria, que estimulam nos estudantes valores como empatia, tolerância e respeito. Para aproximar o tema da realidade dos jovens, os professores trouxeram exemplos da mídia e das redes sociais, mostrando como situações aparentemente engraçadas podem, na verdade, reforçar preconceitos.
Com base no livro do jurista Adilson Moreira**, os educadores explicaram que o racismo recreativo acontece quando o riso é usado para sustentar ideias racistas e diminuir pessoas negras, indígenas ou de outras origens étnicas. Ao compartilhar sua experiência como palhaço voluntário em hospitais, o professor Fábio destacou a diferença entre rir junto e rir do outro, mostrando que o humor pode ser instrumento de acolhimento ou de exclusão.
O aprendizado se transformou em expressão criativa: os alunos produziram cartazes com frases, slogans, desenhos e propostas de ação contra atitudes racistas. Entre as ideias, destacam-se apoiar colegas, não rir de piadas preconceituosas, denunciar ofensas e criar ambientes mais acolhedores.
Essas produções serão expostas nos murais do prédio do Ensino Fundamental II, ampliando a voz dos estudantes e reafirmando o compromisso coletivo da comunidade escolar com o respeito, a empatia e a valorização da diversidade.
*Criada em 2024 a Comissão ERER Cervantes propõe ações intencionais e contínuas para fortalecer o letramento antirracista na comunidade escolar, promovendo a equidade, a inclusão e o respeito à diversidade. O objetivo é engajar educadores e estudantes na construção de um currículo que valorize diferentes identidades e estimule a reflexão crítica sobre as relações étnico-raciais, por meio de formações, práticas pedagógicas e materiais representativos.
Comissão ERER 2024/ 2025: Denise Tonello, Fábio Nogueira, Karin Arriagada, Renato Fontes e Tatiana Fardo
** MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
- Foto: Marina Savioli
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