Mostra de Arte e Música – 08/11/2025

INSTITUCIONAL

Mostra de Arte e Música do Colégio Miguel de Cervantes

Por: Tatiana Maria de Paula Silva Fardo | 12 de novembro de 2025 

No dia 8 de novembro, o Colégio Miguel de Cervantes realizou a Mostra de Arte e Música, um evento que celebrou a criatividade, o talento e a diversidade cultural de nossos alunos. Mais do que uma exposição de trabalhos e apresentações, a Mostra reforçou a importância do ensino da arte e da música na formação cidadã dos estudantes. Ao integrar práticas artísticas e musicais ao currículo, oferecemos aos alunos oportunidades de desenvolver sensibilidade estética, pensamento crítico, expressão individual e cooperação, habilidades essenciais para a formação de cidadãos conscientes, tolerantes e capazes de dialogar em um mundo globalizado e multicultural.

Mostra de Arte

A Mostra de Arte ocupou as marquises e o foyer do teatro, reunindo trabalhos produzidos ao longo do ano letivo, tanto no currículo regular quanto nas oficinas do curso extracurricular.

No trabalho curricular, os alunos do 2º ano exploraram a pintura em tela com temas como flores, pintura rupestre, Pop Art, modernismo brasileiro e arte indígena Fulni-ô, além de composições de natureza morta e abstrações em desenho e pintura. O 3º ano trabalhou a relação entre arte e identidade, com Adinkras africanos, paisagens urbanas, rurais e marinhas inspiradas em Lasar Segall, retratos e autorretratos expressionistas, constelações e releituras de Miró. O 4º e 5º anos apresentaram estamparias contínuas, ilustrações de livros de bichos inventados, pinturas do jardim da escola, almofadas estampadas com símbolos Adinkras e estudos de planta baixa em arquitetura.

Os alunos do 6º ano produziram pinturas em tela com elementos visuais indígenas e trabalhos de artistas como Jaider Esbell, Arissana Pataxó, Denílson Baniwa e Daiara Tukano, além de desenhos geométricos da figura humana e estandartes de Maracatu. No 7º ano, o enfoque foi a estética de Renata Felinto e Mickalene Thomas, Pop Art, iconografia de Frida Kahlo, estandartes de Frevo, natureza morta e floriografia. O 8º ano apresentou projetos de arquitetura, estudos de cores no Parque Estadual do PETAR, abstrações e desconstrução de objetos, enquanto o 9º ano trouxe trabalhos de arte afro-brasileira inspirados em Rubem Valentim e retratos cubistas à la Pablo Picasso.

O 1º ano do Ensino Médio exibiu esculturas sobre fauna e flora brasileiras e estênceis de animais em extinção. No foyer, foram exibidos trabalhos de várias turmas, incluindo livros pop-up, ilustrações, telas figurativas e abstratas, além de projetos inspirados em elementos do Egito e na biblioteca da escola.

nas oficinas do curso extracurricular, os alunos puderam experimentar técnicas e abordagens complementares ao currículo. Para o 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais, as oficinas exploraram desenho de observação, estudo de formas e cores, técnicas em aquarela e pastel oleoso, pinturas em porcelana com marcadores acrílicos, ilustrações de fotos com efeito de desenho animado e estudos de transparência, luz e reflexo. Do 4º ao 7º ano, os alunos trabalharam do estilo impressionista ao orgânico contemporâneo, Optical Art, baixo relevo com massa acrílica, paisagens, flores orgânicas e pintura em porcelana com tema livre. Já os estudantes do 6º ao 9º ano aprofundaram-se em pastel seco, pintura em porcelana, estudo de reflexos, sombras e composição, paisagens estilizadas, ilustração de rostos em efeito desenho animado e experimentação de diferentes técnicas e materiais, permitindo ampliar o repertório artístico e desenvolver expressão individual e criatividade.

Departamento de Arte:
Fabio Nogueira de Matos Martins (Chefe do dep. e prof. E. Médio)
Camilla Sammarro Gasperini e Luiza Sandler (Prof. 4º e 5º EFAI) | William Gerson da Rosa (prof. 2º e 3º EFAI) | Renara Raimundo Toscani (Prof. EFAF 6º ao 9º) | Giovanna Edo Pavão (estagiária)
Curso Extracurricular de Arte: Beatriz Mosca

Mostra de Música

Paralelamente à exposição de arte, a Mostra de Música transformou o teatro em um espaço de celebração sonora, reunindo alunos do 2º ao 9º ano em apresentações que evidenciaram a diversidade cultural e a maturidade artística dos alunos. O repertório abrangeu tradições africanas como jongo e ijexá, música popular brasileira, clássicos internacionais e arranjos contemporâneos.

O evento é resultado de um projeto pedagógico que valoriza o ensino da música como linguagem essencial para o desenvolvimento integral dos estudantes. No Colégio, a música é vivenciada de forma prática, criativa e coletiva, estimulando a escuta, a expressão e o trabalho em grupo. As aulas envolvem prática vocal e instrumental, percepção rítmica e harmônica, improvisação e apreciação musical, com repertórios que dialogam com diferentes culturas e épocas. Esse percurso ao longo do ano letivo culminou na Mostra de Música, um momento de partilha artística e celebração do aprendizado.

A mostra musical teve início com os 8ºs anos, que trouxeram a força ancestral do jongo aproximando os estudantes da tradição afro-brasileira do Vale do Ribeira e das raízes Bantu de Angola e Congo, vivenciadas também na viagem de estudos ao PETAR. Também foram executadas canções populares brasileiras e latinas como “Oye como va?”, de Tito Puente; e “Havana”, de Camila Cabello, agregou o pop de influência cubana a um trabalho de acentuação rítmica, dinâmica vocal e expressão corporal.

A apresentação dos 9ºs anos trouxe os ritmos ijexá de “Andar com fé”, de Gilberto Gil, ritmo de matriz iorubá e Ilê Ayê”, de Paulinho Camafeu, celebrando o canto coletivo como expressão de identidade afro-brasileira. Os ritmos flamencos incorporados ao repertório como parte da preparação para a viagem à Espanha estiveram presentes em “Campanitas de la aldea”, de Francisco de Val e “Almoraima”, de Paco de Lucía com participação especial da aluna Stella Pires bailaora flamenca. Além disso, o público pôde desfrutar da execução de “Get Lucky”, de Pharrell Williams e Nile Rodgers e “Viva la Vida”, da banda Coldplay.

Dando prosseguimento à mostra, o 2º ano apresentou um repertório que integrou alfabetização, musicalidade e imaginação. “La Ronda de las Vocales” e “La risa de las vocales” exploraram sonoridades vocálicas de forma lúdica, enquanto “El Sembrador” e “Pinta la cara del Sol” conectaram música e natureza de forma sensível. Em seguida, “It’s a Beautiful Day” trouxe influências do pop-reggae, dialogando com referências contemporâneas, ao passo que “Abra a boca e feche os olhos” incorporou leveza e movimento, com ecos do merengue dominicano estudado durante a Hispanidad.

Na continuidade, o 3º ano abriu com a criação autoral “Cores dos Pássaros”, da professora Cássia Bernardino, seguida do clássico irreverente “Carimbador Maluco”, de Raul Seixas, que incentivou liberdade e criatividade. Logo depois, a estética country marcou presença em “Don’t Fence Me In”, antes da abordagem lúdica das notas musicais em “La Casita de las notas musicales”, complementada pelo reforço rítmico e fonético de “La risa de las vocales”.

A diversidade sonora continuou com o 6º ano, que apresentou “Nós, mi si”, de Joan Barros, introduzindo o dedilhado, seguida pela trilha de Jurassic Park, de John Williams. A cultura africana foi celebrada em “Amawole”, com percussão corporal e canto tradicional congolês, enquanto “MaracatuLá”, também de Joan Barros, trouxe a força do maracatu em um encontro de ritmo, história e movimento. O repertório ainda passou pelo soul brasileiro de “Sossego”, de Tim Maia, com participação do aluno Eduardo Ioshimoto Gomes em performance de street dance, além da cadência cubana de “Vamos a bailar un son”, de Eliades Ochoa, e do forró de “Esperando na janela”, de Gilberto Gil.

O 7º ano abriu com a afetividade do pop rock em Do seu lado, de Nando Reis, e seguiu para a dramaticidade da trilha Piratas do Caribe – Sparrow, de Hans Zimmer e Klaus Badelt. As raízes brasileiras foram celebradas em O samba da minha terra, de Dorival Caymmi, enquanto a mostra também percorreu o repertório internacional com Guantanamera e Volare, interpretada em italiano pela diretora de nível Eva Fraile. O encerramento veio com a energia rítmica de Frevo em lá menor, de Joan Barros.

O 4º ano apresentou músicas dedicadas à flauta doce, começando por “La luna y el toro”, que aproximou os alunos da tradição musical hispânica. Na sequência, as três peças “Boa noite, meus meninos”, “A Ovelha de Maria” e “Neve” reforçaram a leitura musical e a execução em conjunto. Em seguida, a delicadeza de “Clarão da Lua”, em arranjo a duas vozes, destacou o diálogo harmônico, antes do encerramento vibrante com “Something Just Like This”, unindo pop e expressividade juvenil.

Por fim, o 5º ano levou ao palco um repertório de intensidade e personalidade. “Malagueña Salerosa” trouxe desafios de articulação inspirados na música hispânica; “Eu só quero um Xodó” incorporou o swing do forró nordestino; “Flor e o Beija-Flor” resgatou a influência da guarânia paraguaia na música latino-americana; e o encerramento com “Sweet Child O’ Mine”, do Guns N’ Roses, elevou a energia da plateia, evidenciando domínio rítmico, respiração, presença de palco e integração do grupo.

Ao longo de toda a mostra, a música se revelou uma linguagem múltipla — capaz de conectar culturas, memória, técnica e afeto, traduzindo o compromisso dos estudantes com a aprendizagem musical e com a expressão artística coletiva.


Ficha Técnica:
Direção artística
Departamentos de Arte e Música
Arranjos musicais
Cássia Bernardino, Renato Ramos Moreira, Ana Maria Premero, Joan Barros e Mayara Delgado
Músico convidado
Marcus Fernando Baldini (piano) e Digemison Portela (bateria)
Participações especiais
Eva Fraile D’Acosta e Fabio Nogueira de Matos Martins
Cenografia, iluminação e som
Bruno Cordeiro e Euller Ricardo T. Amora

Páginas relacionadas

Agende uma visita

09/12/2025
Terça-feira Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 das 09:00 às 10:30